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Melissa.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Hoje estava eu e o Luciano conversando, e a gente se perguntava porque as comunidades masculinas estão cheias e as femininas esvaziam tão rápido e não enchem, isso que para cada 1 homem tem 1 e meia mulher no crack, nós por exemplo estamos facilitando o máximo as internações ainda mais depois das doações, em RG tem mais ou menos 6 comunidades masculinas e estão a maioria super lotadas até as que não aceitam carentes ou as que cobram alguma coisa e em Pelotas isso acontece, também sei de uma comunidade masculina aqui na Região sul que tem 30 homens pagantes, e não difere muito do nosso trabalho que gira em torno de terapias variadas. Tiramos uma conclusão, ou melhor imaginamos baseados em artigos que li, que as mulheres demoram 10 anos a mais que homens para entenderem que precisam de ajuda, o advento do crack em RG bate mais ou menos com esse tempo, os homens quando chegam ao ponto de deverem muito e não poderem mais roubar acabam se internando, as mulheres ainda tem o corpo a vender, o crack tem mais poder sobre o corpo da mulher por causa dos hormônios, e tem também mais destruição, elas a maioria não está acostumada a trabalhar, quando chegam em uma comunidade pensam que é SPA e quando chamamos para a horta e cuidar de animais e tarefas domésticas não gostam muito, (já passou muitas aqui assim), não estão acostumadas a internação em comunidades pois não tinha antes (as que chegam aqui de outras comunidades acham a Casa de Ester o paraíso e tem a sensação de família e não de exército), elas mesmo doentes não querem deixar os filhos, mesmo deixando um trauma muito grande neles. Talves iremos demorar algum tempo para chegar aos pés de uma comunidade masculina em se tratando de números, mas não vamos desistir, pois um dia essas mulheres jogadas nas drogas vão se dar conta que estão doentes e precisar de um lugar e nós estaremos aqui de braços abertos!
Melissa.

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